WMF 3.0 Causa Problemas com Exchange e SCCM
Em um post anterior comentei que para administrar um servidor Windows 2008 R2 com o Server Manager do Windows 2012 (http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Monitorando-Servidores-Windows-2008-R2-com-o-Windows-2012-Server-Manager.aspx) bastava instalar o Windows Manager Framework 3.0 (WMF 3.0).
Recentemente o WMF 3.0 passou a ser oferecido como opcional no Windows Update.
Porem, agora surgem avisos de que ele causa alguns comportamentos indesejados no Exchange 2007/2010 e SCCM 2012, com isso é bom verificar se o produto instalado no servidor será afetado. Os dois produtos estão confirmados, mas existem muitos relatos em foruns de problemas com scripts para SharePoint e .NET
Ou seja, pelo que é possivel entender o WMF 3.0 afeta o funcionamento do IIS e aplicações que utilizam o IIS e .NET ficam comprometidas.
Novo MCM para Exchange 2010
A Microsoft anunciou a alguns dias um modelo híbrido, diminuindo a estada em Redmond de 15 para 5 dias, sendo 10 dias com leitura de material e acesso de 11 semanas ao ambiente virtual para laboratórios, ao invés de apenas os 18 dias do treinamento.
Porem, diferente do MCM de SQL Server 2008 (http://bit.ly/o0C9DB) que passou a ser remoto, o MCM de Exchange 2010 exige a viagem a sede da Microsoft, mas os custos ficam reduzidos em hotel. Porem, para quem é de um pais distante como o Brasil o custo ainda é alto por conta da viagem até Seattle, mas se torna muito mais barato do que apagar 12 dias de hotel (2 semanas + final de semana) que não sai por menos de U$ 1.500
Para quem pretende tentar o MCM a partir de 2012, segue o link com as mudanças e com o site de registro http://blogs.technet.com/b/themasterblog/archive/2011/08/05/new-delivery-model-for-sharepoint-2010-mcm-available-in-january-2012.aspx
O que é e como calcular IOPS (Exchange, SQL, SharePoint, etc)?
Esta pergunta é frequente, principalmente porque como consultor de soluções da Dell que é um fabricante de hardware temos que saber.
O que são IOPS?
É o número de operações por segundo que um disco individual consegue chegar. Por exemplo, um disco SAS de 10K consegue em média 140 IOPS.
Esta velocidade é padrão na industria com variações entre modelos, mas podemos ter uma base do que é aceitável e o fabricante do disco poderá lhe informar este número.
Porem, note que a diferença é muito grande, principalmente levando em conta os novos discos SSD. Por exemplo, o disco X25-E da Intel (Veja o pdf com as caracteristicas em http://download.intel.com/design/flash/nand/extreme/extreme-sata-ssd-datasheet.pdf) chega a números 30 vezes maiores que os discos SAS e SATA.

Porque o IOPS é tão importante?
Esta pergunta é óbvia, mas a explicação pode não ser tão simples. Acontece que na maioria dos casos temos a tendencia de minimizar a questão dizendo que é “performance” ou “percepção do usuário” mas na verdade pode impactar diretamente no funcionando de um aplicativo, em alguns casos até inviabilizando.
Por exemplo, um ambiente Exchange 2003 com 2 mil caixas de correio precisa de 1,5 mil IOPS e este número não é fácil de alcançar. O SQL Server para um banco de dados do SharePoint precisa de 5 mil IOPS para funcionar.
Como calcular o IOPS?
Multiplique o total de discos pelo tipo de RAID e conseguirá o seu número. Segue alguns exemplos:

O RAID 1, RAID 10 ou RAID 0 irá lhe proporcional o maior numero de IOPS possivel, já o RAID 5 o calculo leva em conta 1 disco a menos e no RAID 50 2 discos a menos para as paridades.
Como conseguir o maior IOPS possivel com maior capacidade?
Temos tres formas de fazer isso:
- Utilize discos de alta performance, como os SAS de 15K ou o SSD, porem são caros e no caso do SSD de tamanhos de apenas 32/50/64/100GB
- Utilize o tipo de RAID apropriado para a performance e não visando o tamanho desejado como muitos hoje fazem, o que muitas vezes implica em utilizar RAID 10 para ter a performance total ao invés de RAID 50, perderiamos em capacidade mas ganhamos em performance
- Compre um storage que trabalha com as LUNs virtuais, ou seja, ele aloca os dados nos discos conforme a necessidade deste dado e não necessita dizer o tipo de RAID
O que são as LUNs virtuais?
Não vamos entrar no ponto técnico já que este é bem mais complexo, porem podemos entender o que é esta nova tecnologia sem nos tornarmos especialistas em storage.
Usando os storages da Dell como exemplo, o MD3200i trabalha com LUNs da forma normal que conhecemos. Você indica que os discos X a Y formam o RAID 0, de Z a W o RAID 5 e assim por diante. Ou seja, mapeamos diretamente os discos e ficamos dependentes da capacidade de IO individual de cada um.
Já na série EqualLogic podemos definir o tamanho da LUN sem indicar os discos e o próprio storage irá alocar automaticamente os dados mais acessados nos discos mais rápidos (!!!!!!!!!!). Você deve estar achando que é brincadeira ou algo do tipo “conceito”, mas não é!!
Os novos storages vendidos pela Dell, EMC, IBM e outros são inteligentes e permitem misturar os discos. Por exemplo, posso colocar discos SSD na gaveta do storage e mais uma gaveta adicional com 24 discos de 15K SAS e não me preocupar se a LUN que criei está nos discos mais performáticos, quem fará este trabalho é o storage.
E, o mais interessante, quando o storage “perceber” que determinado dado (LUN) é mais acessado que outro ele irá realocar para os discos mais rápidos e fazer o shift dos dados sem intervenção e queda de performance, já que trabalha em background e automático !!!!
Referencias interessantes
Como calcular IOPS para Exchange 2003 http://technet.microsoft.com/en-us/library/bb125019(EXCHG.65).aspx
Como calcular IOPS para Exchange 2010 http://technet.microsoft.com/en-us/library/ee832791.aspx
Como calcular IOPS para o SQL do SharePoint 2010 http://technet.microsoft.com/en-us/library/cc298801.aspx
Utilitário para medir IOPS para o SQL Server (SQLIO) http://www.microsoft.com/download/en/details.aspx?displaylang=br&id=20163
Referencia do EqualLogic S6000 http://www.equallogic.com/products/default.aspx?id=9511
Best Practices para Exchange 2010 no Hyper-V
Este documento disponibilizado no domingo pela Microsoft é útil não só em casos de Exchange mas como em qualquer outro projeto de virtualização com Hyper-V.
O documento foca nas melhores práticas de implementação do Exchange 2010 no Hyper-V mas adicionalmente explica as tecnologias envolvidas e o porque da recomendação.
Por exemplo, explica cada tipo de disco que o Hyper-V suporta (DAS, iSCSI, eSATA, etc) e considera qual o melhor a ser utilizado e recomendações como termos mais de uma placa de rede no caso de iSCSI, performance de discos virtuais fixos versus dinamicos, etc.
Mas como o documento é focado em Exchange, achei algumas recomendações muito interessantes, principalmente o resumo que ele apresenta com os itens:
- Snapshots, differencing/delta disks
- Virtual processor/physical processor core ratios greater than 2:1
- Applications running on the root virtual machine (excluding antivirus, backup, management software, and so on).
Do meio do documento para frente ele passa a descrever um cenário de exemplo e mostrar os cáculos envolvidos pela carga do cliente e como seria o sizing, incluindo DAG e recomendações sobre como usar da melhor forma.
Resumindo, leitura imperdível!!!!!!
Faça o download em http://www.microsoft.com/downloads/en/details.aspx?FamilyID=8647c69d-6c2c-40ca-977e-18c2379b07ad
Migrando Pastas Públicas no Exchange 2010
Uma dificuldade que notamos no Exchange 2007/2010 em relação ao Exchange 2003 é a dificuldade de migrar pastas públicas quando um servidor é desativado para outros servidores distribuidos.
Entrar pasta por pasta para mudar é um processo lento e não temos uma forma fácil de replicar de cima para baixo, principalmente quando temos várias árvores.
Para isso no Exchange 2003 usávamos o PFDAVAdmin que não é compativel com o Exchange 2010.
Agora a Microsoft tem a ferramenta atualizada para o Exchange 2010 SP1 que também pode ser usada para o Exchange 2007 SP2 e Exchange 2010 RTM que se chama ExFolders.
O interessante desta ferramenta é o fato de permitir fazer a réplica de cima para baixo em qualquer nível de árvore desejada, como a imagem abaixo mostra:

Note a opção Folder Permissions que permite alterar as permissões de forma rápida. A opção Propagate replica list para corrigir problemas com servidores desativados de cima para baixo e as subpastas do lado direito ontem podemos ver todas as configurações de uma pasta, como replicas, itens e os limites desta.
Essa é a ferramenta essencial em uma migração!!!
Link para Download http://gallery.technet.microsoft.com/Exchange-2010-SP1-ExFolders-e6bfd405